domingo, 16 de fevereiro de 2014

Coming soon...

E o Ministério da Saúde adverte (ou pelo menos deveria advertir): Bike fixa pode causar dependência! Mas faz bem à saúde.

Gostei demais da Monark convertida. Tenho usado inclusive para ir ao trabalho. Ficou bastante confortável. Ainda vou fazer algumas alterações. Pretendo mudar o guidão e os manetes.

E aí está a próxima querendo tomar forma!



 Essa eu mesmo vou montar o quadro. Vou praticar a técnica de brasagem um pouco e depois vou fazer as soldas. Pretendo fazer inclusive a pintura.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

E ficou pronta a primeira fixa!

Demorei tanto para atualizar o blog que a bike ficou pronta. Nem andei nela ainda, acabei de pegar.

Resumindo então foi mais ou menos esta sequência:

Comprei um cubo dianteiro, o primeiro que apareceu na verdade. Pro V Tec, é o que está escrito nele. Deve ser a marca, imagino. Ainda estou tentado converter um Shimano XT, mas vai dar um pouco mais de trabalho e vai ficar para a próxima bike, cujo projeto está ainda no início. Foi bem fácil trocar o eixo, e seguindo as intruções do Bike Fixa Brasil fiz a conversão e o reespaçamento, que é necessário devido ao comprimento menor do cubo dianteiro. Segui o esquema de anotar as medidas no papel e o procedimento ficou bem fácil.


Outra escolha foi o movimento central. Acabei usando um pedivela Pro X, de BMX ao invés do tradicional Sugino. Optei por ele por ser forjado, de melhor qualidade. Só que o que me apareceu era de 175mm, portanto 1cm mais longo do que o recomendado para este tipo de bike. E consequentemente 1cm mais perto do chão e dos tombos. Isso acabou influenciando na escolha das rodas e pneus. Mudei os planos de usar aros 700c e usei os tradicionais 27, medidas original usada neste tipo de quadro, que são ligeiramente maiores que os 700 e com pneus também mais altos. São Vzan Aero C10. A desvantagem é que nesta medida não há muitas opções de pneus. Mas aí entra outra questão, o uso pretendido para esta bike. Meu objetivo para ela é usá-la na cidade e como meio de transporte. A próxima terá uma vocação um pouco mais esportiva. Sendo assim, não preciso de pneus de alto desempenho e os Kenda nessa medida são para no máximo 80psi, o que deixará a bike bem confortável e me devolve com sobra o 1cm a mais do pedivela. A foto abaixo é do movimento central instalado, como se vê, o padrão é ISIS. Ganhei um de um primo ciclista e veio a calhar.



Vista do quadro com o cubo e o movimento central instalados:



Aqui finalmente a bike pronta. Usei um adaptador simples para a mesa. Ela e o guidão também são básicos. Mesa High One e guidão Venzo. Tenho um Deda Newton parado, mas deixei para a próxima fixa, na qual o peso será mais cuidadosamente planejado. Outra escolha pessoal foram os freios. Tanto traseiros quanto dianteiros. Nunca andei de fixa e tenho filhos a criar, portanto, sem chance de ficar me esborrachando por aí em experiências ciclísticas. Usei uns manetes que eu já tinha de uma antiga speed que fiz um upgrade. São trocadores Sora 8v. Retirei os cabos de câmbio e usei como manetes de freio apenas. Espero que fiquem bem confortáveis para pedalar em pé. As pinças são as mais básicas de alumínio, típicas das antigas C10. Não são grande coisa, mas se não funcionarem a contento depois penso noutra solução. Por enquanto minha prioridade é pedalar logo.

Depois que tiver minhas primeiras impressões, posto aqui. O que percebi até o momento que montar uma fixa é um processo bastante interessante e cheio de variáveis. Não há regras, apenas muitos caminhos.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Convertendo o quadro de Monark 10 para fixa: o problema do movimento central.

Com a ajuda de uma amiga, que habilmente restaurou uma Rural 1969, o quadro passou por uma recuperação. Foi completamente lixado e está indo para a pintura. Descobri nesse processo um detalhe. Os seat stays haviam sido soldados em alturas diferentes, em quase 1cm, o que resultava em um desalinhamento entre o eixo traseiro em relação a caixa do movimento central. Isso foi resolvido refazendo a solda na posição correta.

O problema do movimento central na Monark, é que estes quadros são construidos com uma caixa sem rosca de 45mm. Isso dificulta o processo, pois pretendo usar um movimento central com eixo de ponta quadrada com rosca inglesa padrão. Este padrão permite usar um pedivela de BMX que terá um custo-benefício bom, visto que a idéia é construir uma bike fixa de baixo custo mas que seja razoavelmente eficiente.

 AQUI, no Bike Fixa Brasil, o autor dá uma explicação super detalhada das opções para solucionar este problema. Acabei optando pela que me veio a mão mais facilmente, embora não seja a mais econômica. Ganhei de um primo ciclista um adaptador para converter caixas BB30 em rosca inglesa.
É este abaixo, da FSA. Porém não é vendido no Brasil. Dei um pesquisada recente e encontrei na Amazon por USD 16,65. Mesmo assim, é preciso outra adaptação, visto que o diametro externo deste adaptador ainda é um pouco menor que os 45mm da caixa original da Monark.









Sendo assim, levei a um torneiro, que providenciou a instalação no quadro, colocando anéis adaptadores de alumínio que foram inseridos sob pressão e colados com cola para rolamentos. Isso ainda terá que ser posto à prova, para confirmar que vai aguentar o torque da fixa.

Ressalto que não optei por utilizar a solução de soldar um tubo com rosca, apenas porque este adapatador me veio a mão. Acredito que o melhor resultado em termos de segurança seja o tubo soldado.
Abaixo pode-se observar um exemplo desta adaptação.


Foto adapatada do blog Bike Fixa Brasil


Depois de instalado o adaptador, ficou assim:

















E aí está o quadro, já lixado, com o adaptador e pronto para a pintura :



Depois de pintado, posto mais fotos.


domingo, 8 de setembro de 2013

Começando: Em busca do quadro

O primeiro passo do projeto foi encontrar o quadro. Depois de ler o texto Como Montar Uma Bicicleta Fixa do Zero- Bike Fixa Brasil resolvi apostar no que me pareceu o mais simples. A despeito da geometria de estrada ter suas desvantagens decidi começar procurando um quadro de Caloi 10, que julguei ser fácil de encontrar. Ledo engano. Pelo menos na minha cidade foi uma tarefa árdua. Depois de rodar cinco bicicletarias e perguntar a inúmeros amigos ciclistas tentei buscar pelo mercado livre. Aí duas dificuldades aparecem. Quase ninguém que vende se dispõe a entregar pelo correio e estão pedindo absurdos por quadros velhos. Cheguei a encontrar gente pedindo 300 reais por um. Acabei por sorte encontrando um de um vendedor da minha cidade por 50 reais. Outro problema: quando fui buscar, não era Caloi 10 e sim Monark 10, o que vai dificultar a instalação do movimento central (Sobre conversão da Monark 10 - Bike fixa Brasil). Dada a dificuldade de encontrar outra coisa, resolvi começar com este mesmo.


O quadro logo após chegar em casa, no estado em que foi comprado:




Desossando...



Devidamente desossado e pronto para a próxima etapa.


Minha idéia era agora apenas desmontar a caixa de direção e mandar o quadro e garfo para o jateamento e aplicação de fundo preparador para pintura, porém vou ter que perder um tempo solucionando o problema da adaptação do movimento central, mas isso será assunto para a próxima postagem.

Bike fixa, uma idéia.

"The bicycle is simply circles turning circles, its the Human machine that makes it elegant."
Ouvi esta frase no filme "Life Cycles". É uma definição muito simples do que são bicicletas e sintetiza de forma direta o que penso delas. São instrumentos mecânicos de precisão capazes de otimizar a locomoção humana. Um invento genial, que tornou-se amplamente disseminado no mundo civilizado. Locomoção, trabalho, diversão, emoção.

Do meu interesse por instrumentos essencialmente mecânicos, derivou o interesse pelo funcionamento da bicicleta e pela sua simplicidade. E simplificando ao máximo chegamos às bicicletas de pinhão fixo. A transmissão torna-se nada mais do que a conexão entre as pernas e a roda. Simples e quase direta. Digo quase pois pode-se ajustar os tamanhos das duas engrenagens, e só. O motor humano está ligado à roda e a máquina torna-se uma simples extensão das pernas. E como já disse Da Vinci há séculos, "a simplicidade é a máxima sofisticação".

Já sabia há tempos como funcionava uma bike de pista, mas ignorava o uso de bikes fixas no meio urbano até há bem pouco tempo atrás. Acabei topando com o blog Rodafixa e o assunto me chamou a atenção. Comecei aos poucos a procurar informação despretensiosamente e o interesse foi aumentado.
Recentemente estive  em New York e fiquei espantado com a quantidade imensa de fixas urbanas rodando por lá. Grande parte delas convertida a partir de outras bicicletas usadas. A partir daí surgiu a idéia de montar uma. 

Não pretendo fazer deste blog um repositório de informações técnicas. Existe muita informação boa disponível na internet. Em língua portuguesa o melhor que encontrei e o excelente blog do Marcha Fixa, o Bike Fixa Brasil. Este sim uma verdadeira "bíblia" das fixas. Tem sido meu guia neste projeto de construir minha primeira fixa e vou citar muitos artigos técnicos postados lá ao longo da evolução do projeto. E dele veio a idéia de compartilhar o meu próprio projeto. Ao longo da evolução do mesmo, na medida em que forem surgindo idéias e problemas, irão surgindo discussões e soluções que podem ser úteis a quem seguir por este caminho. 

Trailer oficial do Life Cycles: